quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

SHOW DO AC/DC EM SP 29 NOVEMBER 2009

SHOW DO AC/DC EM SP

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O incansável Angus Young em SP

Sabe aquela semana em que nada dá certo? Você passa a semana resolvendo pepinos de tudo que é lado, e quanto mais você resolve, mais aparece? E aí vc chega no final da sexta-feira, olha pra trás e vê que não fez nada de produtivo a semana inteira. Pois é, essa foi a minha semana. Mas dessa vez, diferente de outras, eu tinha uma esperança: nada como um show do AC/DC pra encerrar uma semana dessas.

E não fui decepcionado.

Claro que nada fica fácil quando acontece um show para 70 mil pessoas do outro lado do rio, em uma sexta-feira em São Paulo. Trânsito infernal, chuva torrencial, desorganização, etc. Aquilo tudo que a gente que gosta de shows tá acostumado. Mas leva com bom-humor, fazer o quê? Quando a chuva pegou forte umas 2 horas antes do show, o auto-falante mandou “Iron Man” do Back Sabbath, e a galera que já enchia o gramado do Morumbi entoou a plenos pulmões, debaixo do dilúvio que caía na cidade. Bom sinal.

Com uma introdução dessas, nem mesmo o show morno do Nasi conseguiu esfriar a galera, excitadíssima quando o AC/DC entrou no palco lá pelas 21:30. A abertura é feita com um vídeo divertidíssimo misturando um trem desgovernado, mulheres gostosas e Angus salvando sua guitarra. E é nesse clima que entra “Rock´n roll train”.

Público nas mãos, a banda desfila sons de “Black Ice”, o último trabalho da banda, misturando com clássicos. As músicas novas empolgam tanto quanto as antigas, mostrando que o AC/DC ainda sabe criar melodias e riffs memoráveis e empolgantes. A sequência inicial inclui ainda “Hell ain´t a bad place to be”, “Back in Black” e “Big Jack”.

A energia da banda no palco é invejável. Se Brian Jonhson não pára um minuto de mexer seu braço esquerdo, é Angus Young que monopoliza as atenções; não descansa, pula, atravessa o palco, se debulha em riffs delirantes e leva a platéia à loucura. Enquanto isso, seu irmão Malcolm Young é discreto e preciso conduzindo a cozinha da banda com competência exemplar, com apoio do baixista Cliff Williams e do baterista Phil Rudd.

Em “The Jack”, a banda seduz a platéia com um blues dos infernos, com direito a um strip-tease tosco de Angus, que nessa altura já se derretia em suor. Divertidíssimo.

Logo a seguir, Brian dá início a “Hell´s Bells” se pendurando em um sino gigante. Mesmo tendo o rock´n roll como foco principal, o AC/DC não perde o senso de espetáculo, como se espera de uma grande banda.

Os maiores sucessos ficam mesmo pro final, na sequência matadora “You Shook Me All Night Long”, “T.N.T.”, “Whole Lotta Rosie” (com direito a boneca inflável gigante no palco) e “Let There Be Rock”. A galera enlouquece, pula desesperada. Aqui e ali, é possível ver um ou outro colocando a mão na coluna. É amigos, boa parte da platéia é de gente que não tem mais idade pra isso (rs).

Não que isso importe pro AC/DC. E quando eles voltam pro bis, mandam “Highway to hell” e “For those about to rock (we salute you)”, essa última como uma espécie de agradecimento a tão devotada platéia. Quando saem do palco, fogos de artifício cobrem o Morumbi, iluminando os rostos felizes (e cansados) de milhares de fãs, antigos e novos, que nesta altura acreditam mesmo que se o AC/DC é coisa do diabo, o inferno não deve ser um lugar ruim pra se estar.

Set-list completo do show:

Rock n’ Roll Train
Hell Ain’t a Bad Place to Be
Back in Black
Big Jack
Dirty Deeds Done Dirt Cheap
Shot Down in Flames
Thunderstruck
Black Ice
The Jack
Hells Bells
Shoot to Thrill
War Machine
Dog Eat Dog
You Shook Me All Night Long
T.N.T.
Whole Lotta Rosie
Let There Be Rock

Bis

Highway to Hell
For Those About to Rock (We Salute You)

Foto de Keiny Andrade/ Agência Estado.

http://www.lineupbrasil.com.br/

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